Com o passar das semanas, Débora mostrou-se a escolha certa para a posição. Além de ser uma secretária impecável, ela era uma grande profissional em desenvolvimento.
Passei a levá-la nas reuniões do Conselho. Claro que ela não tinha direito a falar, mas escutava atentamente às falas de cada um. Em pouco tempo, ela foi capaz de desvendar a personalidade de cada membro, a ponto de saber qual seria o posicionamento de cada um deles antes mesmo do debate.
Se suas habilidades profissionais já me eram de grande ajuda, a forma como ela melhorou a minha imagem era um plus. Por algum fenômeno inexplicável, as pessoas me respeitavam mais ao ver aquela mulher linda como minha subordinada. Os homens a desejavam, as mulheres a invejavam. Ela era minha secretária-troféu.
Meu orgulho de tê-la sob meu comando estava nas alturas. Eu fantasiava com ela me servindo sexualmente um dia. Claro que isso não passava de fantasia. Eu jamais trairia minha esposa, mas que mal havia em me masturbar pensando em outra?
De todo o seu corpo perfeito, o que mais me chamava atenção era seus pés. Todo fim de tarde, ela fazia um pequeno showzinho para mim, ainda que não soubesse. Já cansada, ela tirava discretamente as sapatilhas, para refrescar seus pés, provavelmente achando que eu não perceberia. Acontece que meu vidro do escritório era perfeito para observar as pessoas que estavam do lado de fora, pois era fosco para quem tentasse olhar para dentro. E assim eu passava minhas tardes babando por aqueles pezinhos.
Depois de algum tempo, somente aquilo não era mais o suficiente. Débora frequentava uma academia no prédio ao lado do nosso. Certo dia, ela decidiu que começaria a malhar no horário de almoço. Ela então pedia para deixar sua mochila na sala de espera do escritório, a fim de que pudesse se trocar ali depois da academia.
Isso acrescentara uma emoção especial às aventuras, pois ela tinha o hábito de calçar os tênis antes de sair dali, deixando suas sapatilhas para trás, embaixo da sua mesa de secretária. Eu, no entanto, nunca tive coragem de tentar qualquer coisa, pois a porta do meu escritório permanecia sempre aberta. Além disso, eu sempre saía pra almoçar.
Até que chegou um dia de extremo calor em São Paulo. As pessoas suavam só de sair na rua. O pensamento de cheirar aquelas sapatilhas suadas acabou me dominando. Eu disse que sairia pro almoço um pouco mais tarde aquele dia, me despedindo da Débora quando ela foi para a academia.
Naquele momento, foi dada a largada. Fechei a porta do meu escritório, para que ninguém me interrompesse, e me atirei ao chão para alcançar os sapatos que ela deixara para trás. Impaciente, eu comecei a cheirar ali mesmo, no chão, mas logo me invadiu uma sensação de medo. E se alguém entrasse aqui por engano?
Levei então as sapatilhas ao meu escritório e fechei a porta. Ali dentro, sentei-me no sofá e levei a sapatilha ao nariz. Tão logo aspirei pela primeira vez, eu sabia que todo o risco valera a pena. Aquela princesa era tão divina que até seu chulé era algo de outro mundo.
Um odor adocicado e suave. Tão suave que ouso dizer que ninguém, amante de pés ou não, jamais reclamara de sentir aquele chulé. Se as pessoas fossem comentar alguma coisa, era para agradecerem por terem sentido o mais doce perfume. Eu mesmo já cheirara os pés de minha esposa depois de cada tipo de calçado. Nenhum deles se comparavam àquele cheiro.
Assim eu seguia no meu ritual de adoração. Minha outra mão já mexia no meu pau por sobre a calça. Estava para tirar a língua e provar o sabor da palmilha, quando fui interrompido pelo som de alguém entrando no escritório. Era Débora, mais cedo do que o usual.
Quanto tempo se passara? Apenas alguns minutos, eu tinha certeza. O que ela estava fazendo ali? Mais uma vez eu agradeci ao vidro fosco por salvar minha pele. Observei quando ela se abaixou para buscar os sapatos embaixo da mesa e não os encontrou lá.
Meu coração quase parou quando ela bateu na minha porta. Mantendo a calma, eu larguei seus sapatos no chão e disse que ela podia entrar.
- Já voltou da academia?
- Então, acontece que a academia estava com ar estragado, então não tinha condições de malhar hoje hehe. Você viu meus sapatos por aí, Edu?
- Ah sim, aqui estão. - Eu disse, buscando-os embaixo para lhe entregar - Eu recebi um funcionário na sala de espera, e tirei de lá pra não parecer desleixado.
- Ah, mil perdões, Edu! Não vou repetir o erro. Na próxima eu levo comigo.
Droga! O tiro saíra pela culatra. Meu acesso àqueles sapatos seria dificultado. Pelo menos ela parecia ter acreditado na minha história. Como a podolatria não era algo muito difundido, me tranquilizei, pensando que poucas pessoas imaginariam algo pervertido daquele ato. Ela parecia ter levado tudo numa boa.
Alguns dias depois, porém, algo estranho se sucedeu. Débora viera ao trabalho usando uma tornozeleira no pé direito.
- Desculpa, Edu. Eu torci ontem caminhando na rua. Se quiser, eu tiro a tornozeleira, pra manter a vestimenta.
- Claro que não, Débora! A saúde vem em primeiro lugar. Pode ficar com ela.
Assim ela passou o dia, com cara de desconforto cada vez que se levantava para caminhar. Ao fim do expediente, estava exausta. Enquanto repassava os últimos informes no sofá do meu escritório, ela pediu licença para tirar os sapatos, pois estava com muita dor.
- Minha médica disse que era pra eu ficar em repouso e massagear, mas eu não podia deixar o senhor na mão. - Ela raramente me tratava com tamanha formalidade.
De repente, era como se uma luz divina entrasse pelas janelas do meu escritório, pois uma oportunidade única acabara de se apresentar. Pela primeira (e provavelmente a última) vez, aqueles pés divinos estavam ao meu alcance. Eu não poderia deixar isso passar. Reunindo toda a minha coragem, perguntei:
- Débora, você gostaria que eu fizesse uma massagem?
Seu rosto então se enrubesceu e ela olhou pra baixo. De repente me bateu um arrependimento: será que eu estava assediando aquela pobre garota? Tive que me corrigir.
- Perdão. Acho que fui inapropri-
- Eu adoraria uma massagem!
Meu coração deu um salto de alegria.
- Mesmo? Porque eu só queria fazer um favor pra você, já que você tem me ajudado tanto. Mas se isso a deixar desconfortável, não tem problema.
- Claro que não, Edu. Eu estou até precisando disso, mas você não se incomoda mesmo?
Ela parecia incerta, mas ao mesmo tempo empolgada. Acabara de receber uma oferta inusitada, mas quem não gostava de receber uma massagem?
- Claro que não me importo. Eu massageio os pés da minha esposa o tempo todo e ela adora.
Débora então tomou coragem e se encostou no braço do sofá, esticando suas pernas pelo sofá, me convidando a assumir posição. Com o coração na boca, eu me levantei da poltrona para me sentar no outro canto do sofá. Para não ser impróprio, eu coloquei uma almofada entre o meu colo e os seus pés.
Retirei com cuidado sua tornozeleira, expondo melhor seu pezinho. Aproveitei aqueles segundos para admirar o que tinha em meu colo. Ela devia calçar 36, pois era do mesmo tamanho do pé da minha esposa. Porém, era mais delicado e lisinho, com um arco perfeito. Seus dedinhos com esmalte rosa me convidavam para cair de boca neles ali mesmo, mas me contive.
Retirei com cuidado sua tornozeleira, expondo melhor seu pezinho. Aproveitei aqueles segundos para admirar o que tinha em meu colo. Ela devia calçar 36, pois era do mesmo tamanho do pé da minha esposa. Porém, era mais delicado e lisinho, com um arco perfeito. Seus dedinhos com esmalte rosa me convidavam para cair de boca neles ali mesmo, mas me contive.
Foi quando minhas mãos tiveram o primeiro contato com aquelas solas macias. Respirei fundo e comecei a massagem no pé machucado. Se, para alguns, uma massagem era um ato banal, para mim era um ato de amor. Por muitos anos, eu treinara nos pés de minha esposa, então sabia exatamente como estimular cada região daqueles pezinhos lindos. O resultado não podia ser outro:
- Nossa, Edu! Suas mãos são divinas! Sua esposa é uma mulher de sorte!
Envergonhado, eu fiquei calado. Esse tempo todo, evitei pensar que estava fazendo algo errado, afinal, eu não estava traindo minha esposa. Mas eu estava me excitando enquanto tocava outra mulher. Será que isso não era tão errado quanto?
Mantive-me na minha função por um tempo, massageando aquele pé e pensando que, há algum tempo, minha esposa não tinha pés tão macios. Eu estava vivendo meu sonho, e não deixaria o sentimento de culpa me atrapalhar. Eu não estava transando com a minha secretária. Assim, segui massageando por um tempo, enquanto ela me passava o relatório do dia. Subitamente, ela interrompeu para dizer:
- Ai, Edu, troca pro outro pé, por favor? Se não, ele fica com ciúme!
- Claro.
Eu troquei então para o seu pé esquerdo. Fiquei tão hipnotizado que me esqueci de continuar conversando com ela sobre o relatório. Ela também havia fechado os olhos, nitidamente curtindo o momento. Eu poderia ficar ali pra sempre, mas tentei deixar a situação menos constrangedora:
- Vamos fazer os repasses assim mesmo, para não perdermos tempo.
- Hmm, mas tá tão bom. Precisamos mesmo?
Ela falou isso sem nem abrir os olhos. Senti então que ela estava abusando um pouco. Eu era o chefe. Eu decidia quando discutiríamos sobre o trabalho.
- Na verdade, sim. Tem algumas ligações que preciso que você faça antes de ir embora.
Então, ela abriu os olhos, me olhando emburrada. Foi quando algo inesperado aconteceu. Ela levantou seu pé direito (que não estava sendo massageado), deixando-o a alguns centímetros do meu nariz.
- Antes disso, me responda uma pergunta. Qual cheira melhor: os meus pés ou as minhas sapatilhas?
Fui pego de surpresa. Era impossível ela ter me visto cheirando suas sapatilhas naquele dia. Ela só poderia estar jogando no verde. Tentei me fazer de bobo:
- Do que você está falando?
Infelizmente minha expressão de choque já havia me traído. Seu pé se aproximou bruscamente, encurtando para zero a distância do meu rosto. Ela estava literalmente pisando na minha cara. Esfregou-o um pouco no meu rosto. Não com violência, mas com convicção. Ela não tremia nem um pouco ao pisar na cara do seu chefe.
Foi então que ela foi além e pinçou meu nariz entre o seu dedão e o segundo dedo. Brincou um pouco com ele, mexendo de um lado pro outro, e depois tirou o pé do meu rosto. Minha expressão seguia neutra, incrédulo com o que acabara de acontecer. Ela, por outro lado, estava com um sorriso confiante no rosto.
Sem falar nada, tirou os pés do meu colo e calçou seus sapatos, levantando-se para ir embora. Ela me deixaria sozinho, tendo que fazer aquelas ligações por conta própria, mas esse era o menor dos meus problemas. De pau duro por baixo da almofada, eu estava incapaz de me levantar ou esboçar qualquer reação quando ela, da porta, se despediu de mim:
Muito bom de ler!
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