O carro balançava sem parar. Nesse momento, eu não sabia dizer há quanto tempo eu estava rodando pela ilha... Talvez há duas ou três horas? Não facilitava em nada o fato de estar preso no porta-malas, algemado e com os pés amarrados. Eu estava reduzido a um produto de caça, um mero animal abatido. De repente, o carro parou subitamente, e, mais uma vez, eu bati a cabeça contra o porta-malas. Eu gritaria de dor, mas a minha boca estava grudada por uma silvertape.
Eu ouço pessoas descendo do carro, e passos se aproximando, até que o porta-malas abre. Eu ouço a voz da minha caçadora:
- Espero que a viagem tenha sido tranquila, verme!
O mero som da voz da Sra Samara já me fazia encolher as bolas e ficar em posição fetal. Um mês de treinamento duro fazia estragos na cabeça de alguém. Se em uma vida passada, eu já a enxerguei como objeto de tesão, agora eu só conseguia sentir um misto de medo e adoração por ela. Como pude achar que algum dia teria chance com ela?
A Sra Samara estalou duas vezes, e eu fui retirado do porta-malas. Puxado dos dois lados, pelo que só poderiam ser dois escravos corpulentos, eu fui levado por um caminho pedregoso. Pela minha venda, eu só conseguia sentir a luminosidade. O vento batia na minha cara. Eu estava ao ar livre, pela primeira vez em um mês!
Conforme eu era arrastado, o brilho logo foi se dissipando, até dar lugar ao breu, ao qual eu estava acostumado. Sou conduzido até um ambiente barulhento. Escuto vozes femininas, risadas e o barulho de taças. De repente, sou largado de joelhos. Escuto uma porta grande, de metal, fechando-se atrás de mim. O barulho cessa, e o silêncio invade a sala.
Os passos de salto alto se aproximam, e minha venda é retirada. Eu enxergo o lindo rosto da Sra Samara, que sorri perversamente para mim e sussurra:
- Não me desaponte.
Ela então deu passos para trás, permitindo que eu enxergasse melhor o ambiente. Eu estava em um salão escuro, iluminado apenas pela luz de velas vermelhas. À minha frente, estavam seis mulheres sentadas em cadeiras dispostas em semicírculo. Elas usavam vestidos vermelhos com capuzes, que escondiam seus rostos, naquela luz fraca da sala. Interpondo-se entre mim e ela, estava a Sra Samara, o único rosto que eu conseguia ver. Ela começou a falar, em voz alta:
- Boa tarde, meninas! Estamos reunidas neste equinócio para mais uma cerimônia de Iniciação. Uma nova Mistress deseja integrar o nosso clube de alto escalão de Venus. Venha à frente, candidata!
Uma figura da cadeira da ponta levantou-se, dando passos à frente e retirando o capuz... E revelando ser a minha dona: a Sra Sofia!
Sra Samara deu contunuidade à fala:
- Como sabem, para alcançar o posto, a Sra Sofia deve provar que tem um escravo perfeitamente adestrado. Para isso, ela trouxe este patético espécime da raça inferior dos homens... Senhoras, venham dar as boas-vindas ao número 57!
As cinco mulheres restantes levantam-se, formando uma fila indiana em minha direção. A primeira me dá um forte tapa na cara, que me faz encolher. A segunda cospe em mim, e a terceira escarra o seu nariz, impregnando meu rosto de saliva e catarro.
A quarta... Bom, a quarta me dá um chute no saco com toda a força, enfiando a ponta do seu salto nas minhas bolas, o que faz a dor correr por todo o meu corpo, me colocando de quatro no chão. A quinta mulher coloca o pé sobre as minhas costas, empurrando-me com força para o chão, onde eu fico estatelado, indefeso.
Mesmo de boca tapada, eu queria gritar de dor, mas a Sra Samara me ensinara previamente que eu só podia gritar de dor quando me fosse solicitado, para agradar a minha mistress. Em vez disso, soltei um leve grunhido. As mulheres riam da minha cara, a ponto de quase perder o fôlego.
- Silêncio! - Disse a Sra Samara.
Aproximando-se de mim, ela fica de pé à minha frente, com seu salto aberto revelando seus dedos a dois centímetros da minha cara, enquanto eu seguia na minha posição de derrotado.
- Número 57, o objetivo de hoje é bem simples: você tem que passar por cinco provações. Cinco oportunidades de demonstrar que se transformou no escravo perfeito. Aquele que atingiu a maior honraria entre a espécie dos homens. Você pretende orgulhar sua mistress, perdedor?
- Hmmm hmmm. - Eu grunhi, acenando positivamente com a cabeça, ainda com a boca tapada.
- Muito bem! Vamos começar então... Senhoras, dirijam-se aos seus postos! Sra Sofia, se quiser dar uma palavrinha com ele antes das provas, este é o momento.
As cinco mulheres se dirigiram até a saída, através da mesma porta pela qual eu havia entrado. A Sra Samara se aproximou da Sra Sofia, entregando-lhe algo e sussurrando em seu ouvido. Logo, ela deixou a sala, deixando-me a sós com a minha esposa.
Sofia veio até mim, com uma chave na mão. Liberou as algemas nos meus pés e nas minhas mãos. Colocou-me de pé e limpou meu rosto com um pano. Retirando a fita da minha boca, ela me beijou na boca, surpreendendo-me.
- Como está, amor?
Era a primeira vez que eu via a minha esposa em um mês, e as primeiras palavras de carinho que eu recebia nesse tempo.
- Estou bem, meu docinho... Um pouco assustado, talvez.
- Isso é tudo muito diferente, eu sei. - Ela disse, fazendo carinho no meu cabelo. - Mas eu não podia contar a você sobre este grupo ou sobre as provas... Tudo isso é secreto. E no final, vai nos colocar em uma posição de maior prestígio na ilha. Nossa vida vai mudar para melhor!
- E o que acontece se eu falhar, Sra?
- Bem... Então eu não serei aceita, e não terei mais chances de fazer a prova. Eu volto para o ponto onde estava e você... É convidado a se retirar da ilha. - Ela percebeu o meu olhar assustado. - Mas se isso acontecer, eu saio com você, é claro.
- Eu vou deixá-la orgulhosa, Sra! - Tentei fingir bravura.
Então, é a vez de ela me olhar assustada:
- Tem certeza que você está pronto para isso? Se começar as provas, ir embora implica falhar e deixar a ilha. Se recusar agora, ainda podemos ir para casa e esquecer de tudo isso...
Sem dizer uma palavra, eu me abaixo e fico de quatro, colocando minha testa contra o chão. Sofia procede com o nosso ritual e coloca os dois pés sobre as minhas costas, subindo em mim.
- Eu sou o chão que a sustenta, Senhora. Juntos, somos um só...
- A união perfeita. - Ela completou.
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Eu bato na porta e escuto uma voz feminina responder:
- Entre!
Adentrando o primeiro quarto, eu encontro minha mistress sentada em uma cadeira, em uma sala que parece ser um escritório. Ela usava um conjunto de vestido e salto alto pretos.
Rapidamente, eu me postei de joelhos, e observei aquela mulher linda e imponente, que me encarava com um sorriso sádico de canto de boca.
- Bem-vindo, escravo. Eu sou a Sra Débora e este... é o seu primeiro desafio!
CONTINUA...
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