Quando se pensa em arquitetura, Barcelona é uma das primeiras cidades que vem à mente. Conhecer de perto o estilo gótico de Gaudí é o sonho de qualquer arquiteto. Não por acaso, a cidade sediaria o Congresso Mundial de Arquitetura. A inscrição era extremamente cara, mas nossa renomada faculdade ganhara algumas vagas pra distribuir entre os alunos.
A distribuição das vagas seria por mérito: em cada sala, o aluno de melhor média no semestre teria viagem, hospedagem e inscrição pagas. Visitar a cidade dos meus sonhos fora um incentivo extra pros meus estudos do semestre. Porém, apesar da minha dedicação, eu não consegui sair do segundo lugar da turma.
Claro que a melhor aluna seria Jéssica. Mais uma vez eu havia sido superada pela minha amiga. E a pior parte é que, com a sua fortuna, ela poderia ter pago a viagem por conta própria. Em vez disso, ela preferiu adquiri-la por mérito.
Por isso eu a invejava tanto. Ela tinha a vida que eu queria. Pelo menos, como sua escrava, eu podia admirar de perto sua genialidade. "Se não pode vencê-los, una-se a eles."
Fui interrompida dos meus pensamentos por um chute no rosto.
- Tá surda, Laura? Eu disse que já chega de cheirar meus pés, pode massageá-los.
- Sim, senhora. Me perdoe.
Eu rapidamente atendi à sua ordem, tirando suas meias suadas da faculdade e pressionando meus dedos contra sua sola ainda fedida. Do meu lado, Carlos massageava o outro pé. Estávamos ambos nus e de joelhos à sua frente, enquanto Jéssica sentava no sofá e repousava os pés na mesinha de centro, usando suas roupas normais. Deixar-nos pelados era outra forma de nos envergonhar e reafirmar sua dominância.
- Vamos fazer um jogo. Quem massagear melhor hoje, ganha o direito de lamber os meus pés. Começando agora!
- Sim, senhora! - Respondeu Carlos.
Jéssica notou meu silêncio.
- Você anda distraída, escrava. É sobre a viagem ainda? Eu já disse que pago pra você a passagem, se quiser.
- Não será necessário, senhora. Eu já tenho planos com a minha família. Obrigada.
Por mais generosa que parecesse a oferta, o que a Jéssica realmente queria dizer com isso era: "já que você não teve capacidade de conseguir a vaga, eu farei essa caridade por você". O pouco de dignidade que eu tinha me impedia de aceitar isso.
Jéssica obviamente se divertia com o meu dilema. Se ela quisesse mesmo a minha presença, ordenaria que eu fosse. Não, ela queria que eu implorasse pra ser levada, e isso eu achava degradante demais.
Ainda assim, eu não trocaria aquela posição submissa por nada no mundo. Pela primeira vez na vida, eu estava em paz comigo mesma. Ter alguém comandando todos os aspectos da minha vida me deixava mais... segura. Se isso significasse ser rebaixada do meu status social, que assim fosse.
E foi isso que ocorreu nos 3 meses que se sucederam à minha escravidão. Depois de perder todo o respeito por mim, Jéssica abriu caminho pra se tornar a nova líder do nosso grupo. Como nova capitã do vôlei, ela decidiu cortar gastos com funcionários. Foi assim que eu fiquei encarregada da manutenção de materiais da equipe.
Na prática, isso dizia que eu tinha que lavar os uniformes sujos de toda as garotas do time. Mesmo humilhada, eu amava minha nova posição. Eu podia cheirar as meias suadas de todas as garotas, em segredo. Tinha certeza que Jéssica sabia disso, e essa era uma forma de me humilhar perante as outras garotas, sem precisar me expôr.
Jéssica gradativamente se tornou a alfa do grupo, enquanto eu recebia olhares de pena, como uma ex-líder derrotada.
- Hummm, você venceu, Laura. Seus dedos são mágicos. Hora da recompensa: tira o meu chulezinho com a língua.
Obedeci à minha amiga, sentindo-me orgulhosa pelas minha habilidade na massagem.
Eu estava certa no passado: alguns nasceram pra mandar, outros para obedecer. Eu só estive errada quanto ao me lugar na balança.
-------------------
Chegou o último dia de aula do ano, e com ele, a ida de Jéssica e Carlos para Barcelona. Sim, Carlos iria junto, com viagem paga pela namorada.
Jéssica e Carlos estavam longe de serem namorados convencionais. Para o mundo exterior, ele era apenas mais um namorado pau mandado. Mas eu conhecia a realidade entre as quatro paredes, e sabia que o termo "pau mandado" podia ser usado no sentido literal.
Após a aula, estávamos os três caminhando para o carro de Jéssica, que me deixaria em casa antes de viajar. A caminho, porém, fomos abordados por um Porsche preto, que parou à nossa frente. A motorista abaixou o vidro pra falar conosco, e Jéssica foi logo falando, emburrada:
- O que você quer, Sofia?
Sofia era a irmã mais nova de Jéssica. Com apenas 18 anos, ela também ostentava a beleza da família Wagner, de cabelos loiros e um corpaço escultural.
Porém, se havia uma grande diferença entre ela e Jéssica, era a humildade. Jéssica sempre fora mimada, mas não deixava isso lhe subir à cabeça. Sofia, por outro lado, gostava de se exibir com sua fortuna. Desnecessário dizer que as duas não se davam muito bem.
- Só queria me despedir da minha irmã. E dizer que vou sentir a sua falta.
- Sei... Procure não aprontar muito nessas duas semanas. Temos que ir, porque nosso horário tá apertado.
- Se estão com pressa, eu posso levar a Laura. A casa dela é caminho, então eu não me custo.
Olhei para Jéssica, esperando que ela respondesse por mim, como ela agora sempre fazia. Torcia pra que ela recusasse uma oferta, pois eu não me sentia à vontade com Sofia.
Na verdade, ela nunca me fizera nada, mas nunca chegamos a criar um vínculo. Para mim, Sofia era uma garota esperta, que preferia usar os atalhos do dinheiro em vez de se esforçar nos estudos, como Jéssica fazia.
- Tudo bem então. Tchau miga! Vou sentir tua falta.
Jéssica veio me abraçar forte, seguida por Carlos. Os dois se despediram, deixando-me a sós com a menina com quem eu não tinha intimidade.
- Entra aqui, eu não mordo. - Disse Sofia, sorrindo enquanto abria a porta do carro.
Eu e Sofia nunca havíamos feito amizade. Talvez fossem nossas personalidades parecidas. Ambas éramos acostumadas a comandar um grupo de garotas. Bom, pelo menos essa era eu no passado. Quem sabe a minha nova face submissa não se daria melhor com ela?
Assim que Sofia deu a partida, as respostas para a minha dúvida subitamente começariam a surgir. Sem nem me preparar antes, Sofia logo começou:
- Laura, eu sei de tudo.
- Como assim? Do que você tá falando? - Eu devolvi, nervosa.
- Quer mesmo se fazer de boba? Ou tem vergonha de admitir em voz alta? - Ela me encarou por uns segundos, e continuou após notar o meu silêncio. - Pois eu não tenho vergonha: eu sei que você virou uma cadelinha da minha irmã.
Minha cabeça estava em parafuso. Jéssica sempre se certificava de estarmos sozinhas antes de abusar explicitamente de mim. Como Sofia poderia saber disso? Seria um blefe? Devia ser.
Mesmo assim, eu não tinha coragem de desmenti-la. Sentia que se eu negasse, minha voz iria me trair. Ao mesmo tempo, não falar nada também era bem comprometedor. Nessa confusão que se instalou na minha mente, permaneci em silêncio, sentindo minha face corar de vermelho.
Sofia se divertia com a minha expressão:
- Tenho que dizer que fiquei bem surpresa. Sempre achei que minha irmã era uma seguidora devota sua, e não o contrário.
- Eu... Eu não sei do que você pensa que tá falando! - Retruquei, tentando passar segurança na voz. Sem sucesso.
Sofia parou o carro no acostamento e puxou o celular do bolso.
- Quem sabe isso refresque a sua memória.
Ela então abriu o arquivo de áudio, revelando uma gravação:
"Já lavou a louça, Laura?"
"Sim, senhora."
"Que bom. Pode massagear minhas costas então. Elas estão cansadas do treino de vôlei."
"Claro, senhora."
"Isso... Assim está ótimo! Você tá melhor a cada dia, miga."
"É... Jéssica, posso te pedir um favor?"
"Só se você me tratar adequadamente."
"Desculpe, senhora. Como eu estava dizendo... Sabe o Rogério, que eu te apresentei? Ele me chamou pra jantar amanhã."
"Mas amanhã você vai sair comigo pra comprar roupas no shopping, esqueceu?"
"Não esqueci... Será que podemos deixar pra outro dia? Posso te acompanhar hoje."
"Não. Hoje eu já vou ficar em casa estudando. E você sabe que eu preciso de roupa pra sair na sexta."
"Será que nenhuma outra garota te acompanha?"
"Não, pois eu quero a sua companhia. E está decidido que vamos sair amanhã. Se quer implorar, beije o meu pé." (Pausa de alguns segundos).
"Por favor, senhora..." (Som de beijos ao fundo).
"Não."
Fim do áudio. As vozes eram definitivamente minhas e de Jéssica. Não havia como argumentar contra essa prova. Só me restava saber uma coisa:
- Como?
- Eu reparei que vocês duas estavam agindo estranho. Então escondi meu celular no sofá pra ver o que tava rolando. Achei que ia flagrar vocês se pegando, mas o que eu ouvi aqui foi muito mais interessante.
- E agora?
- Agora eu vou te levar pra minha casa. Eu já separei uma roupa pra você. Vamos nos trocar e sair pra ver o meu namorado.
Leia o quinto capítulo clicando aqui
Leia o quinto capítulo clicando aqui
E aí pessoal! Queria deixar um recado rápido.
ResponderEliminarEspero não ter desapontado ninguém ao desviar de alguns fetiches para abordar outros.
A ideia aqui é criar uma história imprevisível, mas sempre respeitando o lugar das mulheres dominadoras.
No mais, continuem apreciando a história da nossa heroína. Teremos mais capítulos picantes na sequência.
Tá muito legal!
ResponderEliminarHummm interessante... sera que vai rolar mais um sub engaiolado???!!!
ResponderEliminarApropósito tony vc é engaiolado?? Rs
Att
Já fui engaiolado por muitos anos, mas hoje estou infelizmente solto.
EliminarQue legal depois compartilhe um pouco de como foi ;-) att icr
Eliminar