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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

A Ilha de Vênus - Capítulo I

Continuação do conto: "Diário de nosso período no Venus Resort"


"Sorria, querida! Você fica mais bonita assim!"

Era difícil lembrar que, no passado, eu usava essa frase machista para garotas que não estavam interessadas. Talvez o meu modo arrogante fosse um mecanismo de defesa para esconder a minha verdadeira posição em relação às mulheres: abaixo delas. E disso eu não tinha mais dúvidas.

Já fazia dois anos que eu morava na Ilha de Vênus, e minha posição submissa estava bem solidificada. Depois de passar todos os meus bens para a minha esposa Sofia, eu fui oficialmente registrado como propriedade pelas leis da ilha.

Para me tornar propriedade, tive que abandonar o meu antigo nome, tornando-me o "número 57". Era importante que os maridos perdessem sua identidade para que pudessem desempenhar melhor o seu propósito: servir as suas esposas. Apesar disso, Sofia preferia me chamar por um apelido carinhoso.

- Vermezinho, hoje vou levar uma amiga para almoçar comigo no restaurante. É importante que você a trate com muito respeito.

- Sim, senhora! - Eu continuei lavando a louça, enquanto ela terminava o café da manhã.

- Muito bem então. - Sofia terminou o último gole do café - Te encontro mais tarde.

Ela me deu um beijo na boca e agarrou a minha bunda, antes de deixar a cozinha. Derretido, eu observei aquele mulherão rebolar a bunda enquanto saía para a galeria. Eu me sentia orgulhoso com o quanto seu talento artístico havia decolado desde que nos mudamos para a ilha. Sofia já tinha aberto a sua própria galeria!

Já a minha profissão também mudou. Sofia pediu ao Centro de Recrutamento que me realocasse para a função de garçom no restaurante mais chique da Ilha de Vênus. “Assim você pode aprimorar suas habilidades de serviçal”.

A mudança foi bem-vinda, porque o trabalho de jardinagem pelado no sol escaldante era muito cansativo. Além de poder usar roupas, o novo emprego me permitia servir as lindas mulheres da ilha, e eu estaria mentindo se dissesse que não adorava aquilo.

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A hora do almoço chegou e Sofia veio com sua amiga, que não era nada menos do que espetacular.

- Vermezinho, esta é a minha amiga Samara.

Samara era uma mulher esbelta, de pele clara, olhos verdes e um cabelo preto, longo e liso. Apesar de magra, tinha uma bunda definida, de quem certamente malhava muito. Talvez fosse a mulher mais linda que eu já tivesse visto na ilha, tirando a minha esposa.

- É um prazer conhecer a senhora. Espero que aprovei-

Samara levantou a palma da mão, me indicando pra ficar em silêncio.

- Seu marido é sempre assim falante?

- Ele tem muito a aprender ainda. Agora anda! - Sofia estalou os dedos, e eu que sabia o que isso significava.

Levei-as até a mesa e puxei a cadeira para que as duas se sentassem. Coloquei o guardanapo de pano sobre os seus colos, entreguei-lhes o menu e me pus de joelhos para receber os seus pedidos. Essa última parte não era obrigatória no meu serviço, mas era o modo que minha esposa me ensinara a tratá-la sempre.

Sofia pediu o seu tradicional drink de margarita e Samara pediu uma caipirinha de limão. Fui para a cozinha e trouxe as bebidas para as duas. Samara ordenou-me para ficar enquanto ela provava.

- Tem algum álcool nessa porcaria? - Ela perguntou, com cara de desgostosa.

- Sim, senhora. O drink costuma ser preparado mais fraco nos almoços...

- Eu não quero desculpas, e sim soluções.

- Vou preparar outro drink para a senhora.

- Bom garoto.

Apressei-me para a cozinha e preparei por conta própria a caipirinha, adicionando mais vodka desta vez. Quando voltei, esperei ela tomar um gole para saber se tinha gostado. Sem esboçar reação, ela pediu para que eu me aproximasse e apontou para o chão. Fiquei de joelhos à sua frente.

- Por acaso tá fazendo 40ºC aqui?

- Não, senho-

Antes que eu terminasse de responder, Samara virou o copo sobre a minha cabeça, me encharcando de caipirinha.

- Tem muito gelo, idiota! - Ela disse em voz alta.

Agora todos do restaurante olhavam para nós. Depois de um breve silêncio, os outros clientes caíram em gargalhadas. Olhei para a minha esposa e ela me encarava com decepção. Virei-me então Samara:

- Perdão, senhora. Vou arrumar isso.

Voltei para a parte dos funcionários e fui me secar no banheiro, quando ouvi batidas na porta. Abri e lá estava o número 25, gerente do restaurante, me olhando bravo:

- Que porra foi essa, 57?

- Ela começou com demandas absurdas. Falou que tinha gelo demais no copo.

- Eu não quero saber! Você tem que ser ouvi-la melhor então. Lembre-se: a cliente sempre tem a razão aqui!

- Sim, senhor.

O número 25 conseguia botar medo quando queria. Um homem alto e forte, era difícil imaginar que tipo de mulher o teria domado. Preparei pela terceira vez o drinque e voltei para entregar à Samara, mas esperando de coração que estivesse do agrado dela. Ela deu um gole e falou:

- Finalmente uma caipirinha boa! - Ela me encarou de novo. - Mas quem mandou você se secar?

- Eu...

- Brincadeira! - Ela gargalhou. - Vamos pedir a comida já. Queremos o espaguete à carbonara.

- Sim, senhora. Em 15 minutos deve estar pronto.

- Faça em 10. - Ela disse, sorrindo.

Era difícil, mas ao mesmo tempo excitante, me deparar com uma cliente mandona como aquela. Ainda mais sendo ela tão bonita...

Os dez minutos se passaram e eu voltei com o prato, mais uma taça de vinho.

- Cortesia da casa, como pedido de desculpas pelo incidente de antes.

- Obrigada, maridinho. - Disse Sofia.

Samara somente esticou a taça para que eu a servisse.

- Eu não quero ver essas taças vazias, entendido?

Pelo resto da refeição, eu tive que ficar de olho nas duas, para não deixar as taças esvaziarem. Uma missão difícil, considerando que eu tinha que cuidar de outras quatro mesas, mas eu felizmente dei conta.

Quando as duas terminaram, respirei aliviado por ter cumprido minha função, porém meu tormento estava longe de acabar. Samara me chamou para conversar mais perto.

- Vejo que não se lembrar de mim... Senhor Ferreira.

Foi então que tudo se clareou.

- Renata?

Renata era uma garçonete em São Paulo, que trabalhava no bar frequentado por mim e pelos meus colegas de trabalho no Happy Hour. Na época, era uma garçonete ruiva e gordinha, mas com uma beleza natural, que atraía comentários machistas da nossa mesa, especialmente de mim.

Lembrei, com vergonha, do dia em que passei a mão na bunda dela, na entrada do banheiro. Apesar de não ter reagido na hora, ela pediu demissão e eu nunca mais a tinha visto.

Aquela mulher na minha frente tinha um cabelo, nariz e forma física diferente, mas sem dúvida era ela. Depois de 4 anos sem contato, eu ainda reconhecia sua voz.

- Na verdade, meu nome é Samara. - Ela disse calmamente, enquanto servia as sobras do espaguete no seu prato.

- C-como veio parar aqui?

- A pergunta que você deveria fazer é: o que eu vou fazer com você agora?

Samara colocou o prato no chão e começou a pisar no macarrão, com suas rasteirinhas. Eu via, estupefato, a massa se transformar em uma papa misturada com poeira.

- Coma! - Ela ordenou. Vendo a minha falta de reação, ela me puxou pelo cabelo, mergulhando minha cara na massa. - EU DISSE: COMA!

Eu comecei a engolir aquela massa empapada. Por sorte, já estava acostumado a lamber os sapatos da minha esposa, então o gosto de poeira não era novo para mim. Mesmo assim, ter que fazer isso na frente de todos os clientes era constrangedor.

Nesse momento, todas as atenções estavam voltadas para nós. As clientes riam, faziam piada e filmavam com o seu celular, enojadas com a cena. Já os seus maridos olhavam com um misto de medo e tesão. Sim, era visível que todos os homens no recinto queriam estar no meu lugar.

Samara percebeu que eu estava ficando excitado e pisou na minha cabeça, esfregando meu rosto no prato e me sujando todo de massa, fazendo o molho entrar na minha boca, nariz e olhos.

- Tá gostando, porquinho? Ronca pra mim!

- Oinc! Oinc!

Ela gargalhou, cuspindo na minha cara.

- Limpe-se. - Eu esfreguei o seu cuspe com as mãos, para tirar um pouco do molho do rosto. - Agora limpa a minha rasteirinha.

Eu levei alguns minutos, mas lambi toda aquela solinha e as tiras da sandália, tirando todos os vestígios de comida e poeira, fazendo o calçado brilhar de novo. Pra finalizar, plantei alguns beijos no peito dos seus pés. Samara me olhava com um sorriso de satisfação e Sofia com uma expressão enigmática.

Quando terminei, um misto de tesão e vergonha me atingiram. Eu havia me humilhado em público de um jeito que nunca havia sido antes. Apesar do meu pau brigar contra a gaiolinha, meus olhos lacrimejavam de vergonha.

Samara me puxou pelo colarinho, trazendo o meu rosto logo abaixo do seu.

- Sorria, querido! Você fica mais bonito assim!

CONTINUA...

5 comentários:

  1. É bom voltar com novos textos, amantes da Dominação Feminina! Espero que esse capítulo tenha excitado vocês, assim como me deixou com o pintinho estourando na gaiola. Agora eu quero lhes perguntar algo importante.

    O que acham de Cuckold?

    Estou pensando em introduzir a temática nesse conto, já que faria perfeito sentido para a posição de beta do Número 57. Mesmo assim, quero saber o quanto vocês gostariam disso, portanto, estou aberto a sugestões.

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    1. Tony, acho que a temática cuckold seria bem interessante, mas levando todo o contexto e jeito do 57, seria bem mais legal se fosse algo absurdamente forçado, como se ele não tivesse a opção (que ja não tem), mas também não fosse o tipo que gostasse disso, e fosse obrigado a aceitar somente pela situação em que se encontra (alguma chantagem a mais, seria mais humilhante e divertido também)

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  2. Tony, acho que a temática cuckold seria bem interessante, mas levando todo o contexto e jeito do 57, seria bem mais legal se fosse algo absurdamente forçado, como se ele não tivesse a opção (que ja não tem), mas também não fosse o tipo que gostasse disso, e fosse obrigado a aceitar somente pela situação em que se encontra (alguma chantagem a mais, seria mais humilhante e divertido também)

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  3. O Cuckolding é uma das vertentes, uma das facetas, do Femdom. O universo Cuckolding é bastante amplo e o Femdom é só uma parcela pequena dele. Já o inverso é diferente, no Femdom o Cuckolding ocupa uma parte importante é tido, por muitos, como o ápice de um relacionamento Femdom.
    O único lugar do universo em que o Cuckolding foi removido do Femdom foi no site CMC, no resto da galáxia Cuckolding é, também, Femdom.
    Então, tem que ter Cuckolding !!

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